domingo, setembro 10, 2006

Fatores climáticos

Os fatores climáticos são:

Latitude: de forma geral, quanto maior a latitude, ou seja, quanto mais nos afastamos do Equador, em direção aos pólos, menores são as temperaturas médias e anuais. [...] nos locais próximos ao Equador, a inclinação dos raios solares é menor e os raios incidem diretamente sobre uma área menor; em contrapartida, conforme aumenta a latitude, maior se torna a inclinação com que os raios solares incidem sobre o local, atingindo uma área maior. Como resultado a intensidade de luz incidente é diferente, e a temperatura média tende a ser maior quanto mais próximo ao Equador e menor quanto mais próximo aos pólos.

Assim, a variação latitudinal é o principal fator de diferenciação das zonas climáticas - polar, temperada e tropical. Porém, em cada uma dessas zonas encontramos variados tipos de clima.

Altitude: quanto maior a altitude, menos a temperatura média do ar. No alto de uma montanha a temperatura é menor do que a verificada no nível do mar no mesmo instante e na mesma latitude. Quanto maior a altitude, mais rarefeito se torna o ar, ou seja, há uma menor concentração de gases e de umidade, o que diminui a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera e, em conseqüência, a temperatura. Além disso, nas maiores altitudes, a área de superfície que recebe e irradia calor é menor.

Os raios solares penetram na atmosfera e são por ela refletidos, sem incidir na superfície retornam ao espaço sideral e não alteram a temperatura do planeta, já que não há retenção de energia. O índice de reflexão - o albedo - de uma superfície varia de acordo com a cor dessa superfície. A cor, por sua vez, depende de sua composição química e de seu estado físico. A neve, por ser branca, reflete até 90% dos raios solares incidentes, enquanto que a Floresta Amazônica, por ser verde-escura, reflete apenas cerca de 15%. Quanto menor o albedo, maior a absorção dos raios solares, maior o aquecimento e, conseqüentemente, maior a irradiação de calor.

Massas de ar: grandes porções da atmosfera que podem se estender por milhares de quilômetros. Formam-se quando o ar permanece sobre uma superfície homogênea (o oceano, as calotas polares ou uma floresta) e se deslocam por diferença de pressão, levando as condições de temperatura e umidade da região em que se originam. À medida que se deslocam, vão se descaracterizando pela interação com outras massas, com as quais trocam calor e/ou umidade. De maneira geral, podemos caracterizar as massas de ar da seguinte forma: as oceânicas são úmidas e as continentais, secas; as tropicais são quentes, e as temperadas e polares são frias.

Continentalidade e maritimidade: a maior ou menor proximidade de grandes massas de água exerce forte influência não só sobre a umidade relativa dos ar, mas também sobre a temperatura. Em áreas que sofrem influência da continentalidade (localização no interior do continente, distante do oceano), há maior variação de temperatura ao longo do dia, ou mesmo de uma estação, do que em áreas que sofrem influência da maritimidade (proximidade ao oceano). Isso ocorre porque o calor específico (a medida da capacidade de retenção do calor) da água é maior que o da terra. Em conseqüência, os oceanos demoram mais para se aquecer do que os continentes. Em contrapartida, a água retém calor por mais tempo e demora mais para irradiar a energia absorvida; assim os continentes esfriam com maior rapidez quando a incidência de luz solar diminui (como no início do anoitecer ou no inverno) ou cessa. Um dos resultados dessas diferenças é o fato de que no litoral amplitude térmica diária (diferença entre as temperaturas máxima e mínima de um dia - 24h) é menor do que no interior dos continentes.

Correntes marítimas: extensas porções de água que se deslocam pelo oceano, quase sempre nas mesmas direções, como se fossem larguíssimos "rios" dentro do mar, movimentadas pela ação dos ventos e pela rotação da Terra. Diferenciam-se das águas de entorno do continente em temperatura, salinidade e direção. Causam grande influência no clima, principalmente porque alteram a temperatura atmosférica, e são importantes para a atividade pesqueira: em áreas de encontro de correntes quentes e frias, aumenta a disponibilidade de plâncton, o que atrai cardumes.

A corrente do Golfo, por ser quente, impede o congelamento do Mar do Norte e ameniza os rigores do inverno na porção ocidental da Europa. A corrente de Humboldt, no Hemisfério Sul, e a da Califórnia, no Hemisfério Norte, ambas frias, causam quedas de temperatura nas áreas litorâneas, respectivamente, do norte do Chile e do sudoeste dos Estados Unidos. Isso provoca condensação do ar e chuvas no oceano, fazendo com que as massas de ar percam a umidade. Ao atingirem o continente, as massas de ar estão secas e originam, assim, desertos, como o do Atacama (Chile) e o da Califórnia (Estados Unidos).

Já as correntes quentes do Brasil (no leste da América do Sul), das Agulhas (no sudeste da África) e leste-Australiana estão associadas a massas de ar quente e úmido, que provocam fortes chuvas no litoral.

Vegetação: os diferente tipos de coberturas vegetal - tundra, floresta tropical, campos, etc. - apresentam grande variação de densidade, o que influencia diretamente a absorção e irradiação de calor, além da umidade do ar. Numa região florestada, as árvores impedem que os raios solares incidam diretamente sobre a superfície terrestre, diminuindo, conseqüentemente, a absorção de calor e a temperatura. As plantas, por sua vez, retiram umidade do solo pelas raízes e a transfere à atmosfera pelas folhas (evapotranspiração), aumentando a umidade do ar. Quando ocorre um desmatamento de grandes proporções, há grande diminuição da umidade e aumento significativo das temperaturas médias por causa do aumento da absorção e irradiação de calor.

Relevo: além de estar associado à altitude, que é um fator climático, o relevo influi na temperatura e na umidade, ao facilitar ou dificultar a circulação das massas de ar. Na Europa, por exemplo, as planícies existentes no centro do continente facilitam a penetração das massas de ar oceânicas (Ventos do Leste), provocando chuvas e reduzindo a amplitude térmica anual. Nos Estados Unidos, as cadeias montanhosas do oeste (Sierra Nevada, Cadeias da Costa) impedem a passagem das massas de ar vindas do Oceano Pacífico, o que explica as chuvas que ocorrem na vertente voltada para o mar e a aridez no lado oposto. No Brasil, a disposição longitudinal das serras no centro-sul do país forma um "corredor" que facilita a circulação da Massa Polar Atlântica e dificulta a circulação da Massa Tropical Atlântica, vinda do oceano. Não por acaso a vertente da Serra do Mar voltada para o Atlântico, em São Paulo, apresenta um dos mais elevados índices pluviométricos do Brasil. Às chuvas que se formam quando uma massa de ar "sobe" por uma encosta montanhosa (relevo), dá-se o nome de "chuvas orográficas".

(FONTE: Adaptado de: MOREIRA, João Carlos & SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2004, p. 91-96)

13 Comments:

At 7:49 PM, Anonymous Anônimo said...

Gostei muito espero que tenha mais novas pesquisas.

 
At 12:42 PM, Anonymous Anônimo said...

valeu brothers vcs me ajudaram na lição de casa =D

vim aqui procurando pelo clima e tal e, quando me deparei com este sítio, li os outros trabalhos de vocês... realmente, estão de parabéns!

 
At 11:13 PM, Anonymous Anônimo said...

thank...
vcs me ajudaram e muito..

acabei achando mais do que eu precisava...

muito bom o trabalho de vcs___*

 
At 8:13 PM, Anonymous Anônimo said...

Parabéns! A explicação dos fatores está melhor que a do meu professor, realmente mandaram muito bem!

 
At 11:32 AM, Anonymous Anônimo said...

obrigado, esse relatório foi de grande ajuda, parabéns!!

 
At 10:28 PM, Anonymous Anônimo said...

Bom,Primeiramente agradeço!
Fiko exelente msm me ajudo aki a fazer a lição de Casa.Mas falto apenas um tópico sobre "URBANIZão", mas fora isso fiko exelente, Obrigado!

 
At 9:59 AM, Anonymous Anônimo said...

Estou fazendo um trabalho sobre o assunto e ate agara é o melhor site que encontrei parabens!!!!!

 
At 3:06 PM, Anonymous Anônimo said...

galerinhaaaa ameei o trabalho de vcs me ajudou bastante na minha pesquisaaa!!!
mtoo obrigadaaaaa...

 
At 5:22 PM, Blogger Dayane miranda said...

amei


lindo, lindo

 
At 8:08 PM, Anonymous Anônimo said...

Eu estou fazendo um trabalho que pede as Influências dos principais fatores estáticos ou geograficos nesses climas. O que vc colocou ai serve ?

 
At 3:45 PM, Blogger Donarte N. dos Santos Jr. said...

Penso que o que o aluno escreveu serve, sim: veja melhor...

 
At 4:04 PM, Anonymous Anônimo said...

se eu fosse professor de voces,eu te dava 10 nesse trabalho

 
At 6:40 PM, Blogger Donarte N. dos Santos Jr. said...

Hehe...
Eu (Donarte) que escrevi, ou melhor: quem escreveu foi: "MOREIRA, João Carlos & SENE, Eustáquio de. Geografia geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2004, p. 91-96)". Embora seja uma pequena adaptação, o texto é dele; e está devidamente informado na "fonte". Ah! E eu sou o prof..
Mas, de todo modo, obrigado...

 

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